quarta-feira, 24 de junho de 2009

Doenças reumáticas têm tratamento diversificado

Objetivo é proporcionar mais qualidade de vida ao paciente 

Falar em reumatismo, para muitas pessoas, é falar de doenças típicas dos idosos. É um conceito bastante difundido, porém falso. As doenças reumáticas (inflamações - crônicas ou não - nas articulações, que geram dores e incapacidade temporária ou permanente para os pacientes) não são exclusividade de uma faixa etária. Pelo contrário, elas abrangem um número muito grande de pessoas e tipos. 

A inflamação, que é uma reação do organismo de proteção à agressão de bactéria, vírus ou traumatismo, torna-se um problema quando não há controle do agente inflamatório ou quando há um desequilíbrio no sistema imunológico. Existem mais de 100 tipos diferentes de doenças reumáticas. No Brasil, os tipos mais comuns de reumatismo são artrite, artrose, tendinite, gota, dores na coluna e a osteoporose. 

O médico reumatologista Carmo de Freitas lembra que, além dos medicamentos mais comuns ao tratamento dessas doenças, como anti-inflamatórios e corticóides, existem os medicamentos denominados biológicos. "Pacientes com artrite reumatóide, espondilite, psoríase ou lúpus, por exemplo, costumam fazer uso dos biológicos num momento em que já tomaram os medicamentos convencionais. Porém, o biológico é um tipo de remédio que apresenta efeitos adversos perigosos e, por essa razão, requer a realização de diversos testes e uma avaliação clínica criteriosa  e detalhada, antes de iniciar o tratamento. Se existir uma infecção latente, de difícil detecção pelos médicos, a atenção tem que ser redobrada", alerta o médico. 

Carmo de Freitas teve a oportunidade de se aprofundar na discussão sobre o uso de remédios biológicos quando participou, neste mês, do Congresso Internacional da Sociedade Européia de Reumatologia, realizado em Copenhagen, capital da Dinamarca. "Quando o paciente responde bem ao tratamento feito com biológicos, a medicação evita a evolução da doença reumática. Acontece que é um remédio caro, que custa entre R$ 2 e R$ 3 mil. A maioria dos pacientes recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer uso deles", esclarece Doutor Carmo. 

Afinal, o que é um remédio biológico?

O reumatologista explica que esses medicamentos são feitos a partir de uma proteína ou ácido nucléico, conhecidos também como biofármacos e se originam de processos de fermentação ou de bioengenharia, enquanto que os remédios convencionais são obtidos por sínteses químicas.  "Os mais comuns são a Humira, o Enbrel e o Remicade. O biológico é impossível de ser copiado, ou seja, não existe um genérico para ele". 

Atualmente, os biológicos são usados para tratamento de outros males além das doenças reumáticas: câncer de mama, hemofilia, hepatite, derrame cerebral, insuficiência cardíaca, mal de Alzheimer, tumores cerebrais, lepra e leucemia. 

Pablo Pacheco / Serifa 




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